Viagens na minha Terra
Moinhos ao vento! Eiras! Solares!
Antepassados! Rios! Luares!
Tudo isso eu guardo, aqui ficou:
ó paisagem etérea e doce,
Depois do Ventre que me trouxe
A ti devo eu tudo que sou
No arame oscilante do Fio,
Amavam (era o mês do cio)
Lavandiscas e tentilhões...
Águas do rio vão passando
Muito mansinhas, mas, chegando
Ao Mar, transformam-se em leões!
Ao Sol, fulgura o Oiro dos milhos!
Os lavradores mai-los filhos
A Terra estrumam, e depois
Os bois atrelam ao arado
E ouve-se além, no descampado
Num ímpeto, aos berros: - Eh! bois!
António Nobre
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Viagens na minha Terra
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