Mostrar mensagens com a etiqueta nuno ferreira. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta nuno ferreira. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Fruit


FRUIT

Fruit so juicy,
Fruit so good,
Let's share it with our neighborhood.
Fruit so fresh,
Fruit so fine,
A nutricious snack,
So divine.

Lauren Marie Elizabeth Ryan

quarta-feira, 12 de março de 2008

Esta é a cidade


Esta é a cidade

...............................
Aperfeiçoo a focagem.
Olho imagem por imagem
numa comoção crescente.
Enchem-se-me os olhos de água.
Tanto sonho! Tanta mágoa!
Tanta coisa! Tanta gente!
São automóveis, lambretas,
motos, vespas, bicicletas,
carros, carrinhos, carretas,
e gente, sempre mais gente,
gente, gente, gente, gente,
num tumulto permanente
que não cansa nem descansa,
um rio que no mar se lança
em caudalosa corrente.

Tanto sonho! Tanta esperança!
Tanta mágoa! Tanta gente!


António Gedeão (excerto)

sábado, 8 de março de 2008

Se você...


Coelha Kikas / Rabitt Kikas, originally uploaded by nuno_ferreira.


Se você está parecido com a fotografia que tem no passaporte, é porque está realmente a precisar de viajar

Earl Wilson

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Making pictures...


Sunset, originally uploaded by nuno_ferreira.


"Making pictures is a very simple act. There is no great secret in photography.... You just need practice and application of what you've learned. My absolute conviction is that if you are working reasonably well the only important thing is to keep shooting...it doesn't matter whether you are making money or not. Keep working, because as you go through the process of working things begin to happen" -

Elliot Erwitt

sábado, 1 de dezembro de 2007

Eu, que sou feio...


Coffe Break, originally uploaded by nuno_ferreira.



Eu, que sou feio, sólido, leal,
A ti, que és bela, frágil, assustada,
Quero estimar-te, sempre, recatada
Numa existência honesta, de cristal.

Sentado à mesa dum café devasso.
Ao avistar-te, há pouco, fraca e loura.
Nesta Babel tão velha e corruptora,
Tive tenções de oferecer-te o braço.

E, quando socorreste um miserável,
Eu que bebia cálices de absinto,
Mandei ir a garrafa, porque sinto
Que me tornas prestante, bom, saudável.

«Ela aí vem!» disse eu para os demais;
E pus-me a olhar, vexado e suspirando,
O teu corpo que pulsa, alegre e brando,
Na frescura dos linhos matinais.

Via-te pela porta envidraçada;
E invejava, - talvez não o suspeites!-
Esse vestido simples, sem enfeites,
Nessa cintura tenra, imaculada.

Ia passando, a quatro, o patriarca.
Triste eu saí. Doía-me a cabeça.
Uma turba ruidosa, negra, espessa,
Voltava das exéquias dum monarca.

Adorável! Tu muito natural,
Seguias a pensar no teu bordado;
Avultava, num largo arborizado,
Uma estátua de rei num pedestal.

Eu, que sou feio... - Cesário Verde

domingo, 18 de novembro de 2007

All you need...


Avião II, originally uploaded by nuno_ferreira.

"'All you need,' he once said as a noted photographer orated on the psychology behind one of his pictures, 'is a little bit of luck and enough muscle to click the shutter.' He might have added: a good eye, a heart and a knowing nose for news. For all of these were obvious in his work."

(Judith Friedberg on David Seymour in "Photographic")

terça-feira, 6 de novembro de 2007

As cidades e o Nome


Ponte Arrábida, originally uploaded by nuno_ferreira.


As cidades e o Nome

"Irene é a cidade que se vê na extremidade do planalto na hora em que as suas luzes se acendem e permitem distinguir no horizonte, quando o ar está límpido, o núcleo do povoado: os lugares onde há maior concentração de janelas, onde a cidade rareia em vielas mal iluminadas, onde se acumulam sombras de jardins, onde se erguem torres com fogos de artifício; e, se o entardecer é brumoso, uma claridade anuviada infla-se como uma esponja aos pés da enseada."

Italo Calvino, "As Cidades Invisíveis"

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A Solidão e Sua Porta


Olhar / looking, originally uploaded by nuno_ferreira.



Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(nem o torpor do sono que se espalha)

Quando pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha

Arquiteta na sombra a despedida
Deste mundo que te foi contraditório
Lembra-te que afinal te resta a vida

Com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório.

A Solidão e Sua Porta - Carlos Pena Filho