em tempo de narcisos (que sabem
o sentido da vida é crescer)
esquecendo porquê, recorda como
em tempo de lilases que proclamam
o desígnio da vigília é sonhar,
recorda assim (esquecendo parece)
em tempo de rosas (que assombram
o nosso agora e aqui com o paraíso)
esquecendo se, recorda sim
em tempo de todas as doçuras para além
do que quer que a mente possa entender,
recorda busca (esquecendo acha)
e num mistério a haver
(quando o tempo do tempo nos livrar)
esquecendo-me, recorda-me
e.e. cummimgs, "xix poemas", trad. Jorge Fazenda lourenço
versão original
sexta-feira, 8 de junho de 2007
em tempo...
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