"Lá fora onde árvores são"
Lá fora onde árvores são
O que se mexe a parar
Não vejo nada senão,
Depois das árvores, o mar.
É azul intensamente,
Salpicado de luzir,
E tem na onda indolente
Um suspirar de dormir.
Mas nem durmo eu nem o mar,
Ambos nós, no dia brando,
E ele sossega a avançar
E eu não penso e estou pensando.
Poesias Inéditas - Fernando Pessoa
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Lá fora onde árvores são...
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