Saudade duma infância tão distante,
Dum mundo que o destino já levou,
Aurora que recordo a cada instante
No poente que o Tempo me deixou.
Outrora a vida era um jardim fragante,
Mas o vento logo o despedaçou,
Tropel de calendários, delirante,
Relâmpago instantâneo que voou.
Meus tesouros perdi-los p'lo caminho,
Só me resta a cabeça cor de linho,
Inverno de quem sofre e de quem ama.
Quem és tu, saudade dolorida,
És o eco que repete o som da vida,
Ou és a voz da morte que nos chama?
Tempus Fugit - Ramiro Dutra
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Tempus Fugit
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