Creio que podia regressar e viver com os animais, são tão plácidos e autónomos,
Fico a olhar para eles longamente
Não se impacientam, não se lamentam da sua condição,
Não jazem acordados no escuro a chorar os pecados,
Não me maçam com discussões sobre os seus deveres para com Deus,
Nenhum está descontente, nenhum sofre da mania de possuir coisas,
Nenhum se ajoelha perante outro, nem ante os antepassados que viveram há milénios,
Nenhum é respeitável ou infeliz à face da terra.
Revelam a sua relação comigo e aceito-a.
Trazem-me sinais de mim, provam claramente que os contêm em si mesmos.
Pergunto-me onde terão adquirido esses sinais,
Será que em tempos remotos por aí passei deixando-os negligentemente cair?
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I think I could turn and live with animals, they are so placid and self-contain´d
I stand and look at them long and long.
They do not sweat and whine about their condition,
They do not lie awake in the dark and weep for their sins,
They do not make me sick discussing their duty to God,
Not one is dissatisfied, not one is demented with the mania of owning thins,
Not one kneels to another, nor to his kind that lived thousands of years ago,
Not one is respectable or unhappy over the wole earth.
So they show their relations to me and I acept them,
They bring me tokens of myself, they evince them plainly in their possession.
I wonder where they get those tokens,
Did I pass that way huge times ago and negligently drop them?
Walt Whitman (excerto de Canto de Mim Mesmo)
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Canto de mim mesmo
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